quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Justiça e Pedro de Lara
Hoje morreu o festejado Pedro de Lara, jurado de inúmeros programas de auditório do também mais do que festejado Silvio Santos. Festejado? Penso que essa palavra não se enquadra muito ao assunto. Não importa, vale lembrar que o nosso querido jurado é escritor e têm vários livros publicados, para saber mais basta acessar o oráculo: Google.
Bom, o importante é que a Justiça do Trabalho mostrou serviço lá pras bandas de Bauru. Fiscalizaram o local e as condições de trabalho dos cortadores de cana. O que descobriram? Nada além do que todo habitante do interior saiba. O transporte é feito por um ônibus caindo aos pedaços, inexiste qualquer equipamento de segurança, exceto a roupa que os próprios cortadores colocam para tal trabalho. O alimento é levado pelos próprios trabalhadores e não há (óbvio) banheiro no local. Tudo isso, segundo o espetacular Ministério do Trabalho, deveria ser fornecido pela empresa que toma o serviço ou pela usina beneficiadora da cana. A repórter perguntou a um dos cortadores se era ruim aquele trabalho. O trabalhador respondeu: "Claro que não moça, é maravilhoso trabalhar de sol a sol sem poder dar uma cagada sequer, ruim mesmo é ter que fazer este tipo de pergunta sabendo que uma bocada de gente vai assistir!"
O fiscal do trabalho, espantado, guardou esta para a posteridade: "Em pleno 2007 as pessoas são obrigadas a trabalhar nestas condições".
Desde que eu me conheço por gente esse povo trabalha desse jeito, o apelido "bóias-frias" não os foi conferido porque usavam bóias de mergulho no corte da cana. E em meio à expansão do biocombustível as autoridades resolvem tomar uma iniciativa. Tadinha da CLT, tadinha da Constituição...
Bom, o importante é que a Justiça do Trabalho mostrou serviço lá pras bandas de Bauru. Fiscalizaram o local e as condições de trabalho dos cortadores de cana. O que descobriram? Nada além do que todo habitante do interior saiba. O transporte é feito por um ônibus caindo aos pedaços, inexiste qualquer equipamento de segurança, exceto a roupa que os próprios cortadores colocam para tal trabalho. O alimento é levado pelos próprios trabalhadores e não há (óbvio) banheiro no local. Tudo isso, segundo o espetacular Ministério do Trabalho, deveria ser fornecido pela empresa que toma o serviço ou pela usina beneficiadora da cana. A repórter perguntou a um dos cortadores se era ruim aquele trabalho. O trabalhador respondeu: "Claro que não moça, é maravilhoso trabalhar de sol a sol sem poder dar uma cagada sequer, ruim mesmo é ter que fazer este tipo de pergunta sabendo que uma bocada de gente vai assistir!"
O fiscal do trabalho, espantado, guardou esta para a posteridade: "Em pleno 2007 as pessoas são obrigadas a trabalhar nestas condições".
Desde que eu me conheço por gente esse povo trabalha desse jeito, o apelido "bóias-frias" não os foi conferido porque usavam bóias de mergulho no corte da cana. E em meio à expansão do biocombustível as autoridades resolvem tomar uma iniciativa. Tadinha da CLT, tadinha da Constituição...
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