Pensar sob a luz da ótica múltipla. Ver os mesmos fatos sob inúmeros pontos de vista e conhecer outros pontos de vista sobre um mesmo fato, por mais banal que este seja... É objetivo deste BLOG, adquirirmos um Olhar Plural, que é justamente discutir o que for, para aumentar o alcance de nossa visão de mundo. Afinal, cada visão é provida de uma mistura complexa de virtudes e limitações. Assim, as limitações do raciocínio de uns, são supridos pela virtude dos de outros e vice-versa. Com isso, forma-se o que chamamos de Olhar Plural. Cuidado: a luz da nossa própria razão, as vezes é tão forte que nos ofusca, tornando-nos cegos.

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terça-feira, 19 de junho de 2007

Admitimos...

Naquele tempo, e não faz muito tempo, quando existia a dominação masculina, e o machismo imperava soberano, nós homens usávamos e abusávamos das mulheres. Não era preciso dar satisfação alguma para elas, pois eram criadas para obedecer ao pai, e depois ao marido.
Mulheres, iludíamos vocês! Adoramos o sexo casual. Quantos homens pulam compulsivamente a cerca? Todo homem sabe como é bom compartilhar as nossas aventuras com nossos iguais, numa mesa de bar, tomando cerveja, e contando tudo com ínfimos detalhes...
Isto, para a maioria de nós, é uma coisa natural, pois esta cultura fora herdada de nossos pais e da própria sociedade: “o homem sempre foi uma criatura predatória, que, por sua casta, é inadequada à monogamia”, ou então “o corpo masculino é imerso numa sopa incontrolável de hormônios, que nos despertam instintos irreprimíveis, que vocês mulheres, por possuírem esta natureza pura e fiel, nunca irão compreender”, não é?
Foi então que vocês, mulheres, resolveram queimar o sutiã. Veio o século XX e vocês descobriram como nós éramos sacanas, cafajestes, crápulas, canalhas! Saíram daquele mundinho fechado e se tornaram livres e iguais a nós, homens.
Quando vocês conquistaram a independência econômica, abdicando o status de “rainha do lar”, descobriram um novo mundo, até então somente conhecido pelos homens: aprenderam o néctar do sexo casual, onde o extinto sai à caça, além do prazer de, como nós, compartilhar suas aventuras numa mesa de bar.
É pessoal, está em curso a inversão dos papéis tradicionalmente impostos. Se antes nós elaborávamos estratégias mirabolantes para se aproximar daquela morena ou loira gostosa, agora é bem mais provável que, em vez de caçador, você vire a caça.
Se elas estiverem a fim de um beijo ocasional ou uma transa, não se prendem a pudores e deixam isso bem claro.
Até aí tudo bem, acho uma maravilha. Mas é justamente aí que começam os problemas, afinal nunca nos preparamos para sentir o gosto amargo de nosso próprio veneno! Elas possuem poderes de sedução. Nos tornamos vulneráveis. As mulheres têm um jeitinho especial para conseguir o que querem. Elas sabem usar esses poderes e os homens, sempre com segundas intenções, caem como uns "patinhos". Com o instinto sexual sempre alerta, o homem está, portanto, constantemente à mercê.
E se alguma te trair, bem na hora que você menos espera? Você suportaria ser tachado de fraco, frouxo ou até mesmo de "pênis pequeno" (mesmo que não seja, mas por pura sacanagem delas), numa roda de mulheres, numa mesa de bar?
È galera, este jogo está se definindo. Os valores estão se invertendo. Nossas fichas estão diminuindo para bancar esta aposta de igual pra igual, pois muito maior que o prazer do sexo casual é a dor e o desgosto da traição ou do alcance do maldizer.
Deve ser deplorável ser corno, daqueles coitados que todos sentem pena, ou então, o contrario-senso, ser homem-objeto, servindo de vitrine para causar inveja nas outras mulheres, como bombeiros musculosos de peitos depilados.
Tenho medo quando nós homens não damos valor a nós mesmos. Quando seduzidos simplesmente nós nos rastejamos atrás das mulheres que nos provocam e estas, cada vez mais nos usam para própria satisfação.

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